quarta-feira, 8 de março de 2017

Candelária, este é seu nome


Publicado em 3 março 2008.

Por Alisson Meneses de Sá.

CANDELÁRIA, este é seu nome. Era a prostituta mais requisitada de Sergipe da década de 60, que com sua beleza irradiante e sua petulância ácida transformou a pequenina capital no seu império de conforto, riqueza e luxúria, contrastando com sua infância amarga, pobre e sofrida. Seu verdadeiro nome é Maria Niziana Castelino, mas popularmente conhecida como Candelária.

Brilhou em várias boates no centro da capital antes da revolução militar vir à tona. A sua beleza era comentada em várias regiões do estado, lotando assim todas as boates na qual trabalhou. Instaurada a ditadura, Candelária que não respeitava as mulheres da sociedade, se envolvia com os militares para poder frequentar as lojas de grande porte e passear no centro da cidade pelo dia, pois, comumente as mulheres que trabalhavam nas boates saiam para comprar seus materiais mais necessários no horário da tarde, perto do horário das lojas encerrarem seus trabalhos.

Foi com um militar da marinha que Candelária conseguiu chocar mais ainda a sociedade da década de 60, saindo das zonas de prostituição e indo morar no bairro mais elitizado do período, o São José, lá era corriqueiro encontrá-la despida ou com trajes menores na varanda de sua casa, achando aquilo tudo muito normal, peitando toda a alta sociedade que na região residiam, gerando vários tumultos de ordem social.

Hoje Candelária é presidente da Associação Sergipana das Prostitutas (ASP) órgão que presta atendimento a profissionais do sexo em Aracaju. Recentemente ela foi tema do documentário: "Candelária - aquela que conduz a luz", dirigido por Jade Moraes.

Texto reproduzido do site: cafehistoria.ning.com/group/porneia

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