terça-feira, 6 de junho de 2017

Impeachment e Whatsapp são temas de cordéis

 Cordel favorito de Joelson é 'Coisas do Sertão' .

 Obra fala sobre cenário político brasileiro.

O "Whatsapp Todo Poderoso" é obra preferida de dona Maria José
Fotos: Portal Infonet.

Publicado originalmente no Portal Infonet, em 06/06/2017.

Impeachment e Whatsapp são temas de cordéis

Venda de cordel cresce até 90% em junho

Quem está à procura de literatura de cordel tem lugar cativo para ir: o box Poeta Firmino Cabral, no Mercado Albano Franco, em Aracaju. Durante o período junino, o local fica mais cheio e 200 cordéis podem ser vendidos durante o dia, o que equivale a um crescimento de até 90%. O fato ocorre porque nessa época de férias e festejos, os turistas chegam a Sergipe. Além da cultura nordestina, os cordéis também falam sobre temas atuais como Impeachment e redes sociais.

De acordo com Joelson Santana Cabral, o filho do poeta Firmino Cabral, que faleceu em 2013, os sergipanos não procuram muito o cordel. Em compensação, os visitantes enchem os olhos. “Essa é a época para a venda. Agora ainda tá fraco, mas daqui pro meio do mês, as vendas aumentam uns 90%”, pondera.

O herdeiro do poeta e escritor de cordéis diz que não tem habilidade com a escrita, mas é apaixonado pela literatura. Seu livro favorito é “Coisa do Sertão”, uma obra que também é muito procurada pelos turistas. Junto a ele também estão os cordéis que falam sobre Lampião e Luiz Gonzaga.

Além da cultura nordestina, os cordéis são bastante atuais e narram o cenário político brasileiro. É o caso do “Impeachment ou Golpe”, de Ronaldo Dória, que conta que saiu às ruas com um gravador na mão entrevistando os eleitores acerca da questão.

O cordel também é atual e fala sobre um aplicativo muito presente na vida da maioria de nós: o whatsapp. O "Whatsapp Todo Poderoso" é obra preferida de dona Maria José, de 75 anos.

Acessíveis, as obras custam entre R$ 2 e R$ 5. A produção não ocorre apenas aqui no Estado. Os livros também vêm de Fortaleza e São Paulo, mas sempre são de autoria nordestina. “Lá é só a produção deles mesmo, ao autores são da terra”, complementa Cabral.

Por Jéssica França.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/noticias/cultura

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