sábado, 31 de março de 2018

Bonecos estão à venda para tradicional queima do Judas

Bonecos são feitos artesanalmente (Foto: Portal Infonet)

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 29/03/2018  

Bonecos estão à venda para tradicional queima do Judas

Tradição é mantida pela família Quirino, no bairro Mosqueiro

Os famosos ‘judas’ já estão sendo vendidos pela família Quirino, na Rodovia do Náufragos. A tradição mantida há 25 anos já se estendeu por diversas comunidades que, na noite do sábado de aleluia, costumam ‘malhar’ e queimar o boneco feito por junco e coco velho. Nossa reportagem foi conhecer quem está por trás dessa tradição.

Confira na reportagem completa abaixo:


Texto, foto e vídeo reproduzidos dos sites: infonet.com.br e youtube.com

sexta-feira, 30 de março de 2018

Semana Santa: conheça o significado para cada religião

 A Semana Santa possui significados distintos para as religiões
 (Foto: Ilustrativa/Infonet)

 Durante a Semana Santa, segundo o padre Rogério, 
os cristãos relembram os últimos momentos de Cristo na terra

 Para os evangélicos, a celebração da Semana Santa 
é semelhante aquela praticada pelos católicos

 Dentro do ensinamento budista, não existe formalmente 
a comemoração da Semana Santa, relata André Britto 
Foto: Arquivo Pessoal

O espiritismo trata a semana santa como uma semana
 comum no calendário

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 30/03/2018 

Semana Santa: conheça o significado para cada religião

Semana Santa acontece entre os dias 30 de março a 1° de abril

A Semana Santa é repleta de significados para vários segmentos religiosos. Para outros, no entanto, o período não é celebrado com tanto afinco. Por isso, o Portal Infonet conversou com representantes de várias religiões para saber o significado da época para cada uma delas. Confira!

Católicos

Este é um dos períodos mais importantes para a comunidade católica. A Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa, que representam a morte e ressurreição de Cristo, são celebrados por todos aqueles que são adeptos à religião.

Porém, a celebração não inicia na sexta, mas quarenta dias antes da Páscoa, período conhecido como Quaresma. “Todo grande evento da humanidade deve ter um período de preparação para o acontecimento. A Semana Santa, que finda com a ressurreição de Jesus no domingo de Páscoa, é precedida por uma quaresma. A palavra quaresma vem de quadragésima, do número quarenta, que na palavra de Deus significa um tempo oportuno de preparação para um grande acontecimento”, explica o padre Rogério.

Durante a Semana Santa, segundo o padre, os cristãos relembram os últimos momentos de Cristo na terra. “Na Semana Santa, os cristãos católicos se concentram nas igrejas. Nós temos uma série de atividades religiosas e vamos lembrando cada instante de Jesus no nosso meio. O objetivo é destacar que assim como Cristo sofreu e carregou a cruz, nós seguidores também sofremos e carregamos nossas cruzes. Porém, a nossa vida e nossa fé não param na cruz, elas transcendem porque a partir da cruz vem a ressurreição”,  detalha.

Evangélicos

Para a comunidade evangélica, segundo o pastor Luiz Antônio, da Igreja Quadrangular em Sergipe, a celebração da Semana Santa não se diferencia muito daquela celebrada pelos católicos. “Acredito que não mude tanto da visão do próprio catolicismo. Acho que é um ponto de convergência entre católicos e evangélicos no entendimento dessa data. Para o cristão evangélico, Cristo é o centro das coisas e é a única forma de salvação para o homem. Então, esse é o ponto principal da Semana Santa, entender um amor que se revelou e o amor de Deus que se cumpriu”, declara.

A sexta da Paixão é celebrada pela igreja com atividades como o Sermão do Monte.

Budismo

Dentro do ensinamento budista, não existe formalmente a comemoração da Semana Santa, até porque o Buddha viveu aproximadamente cinco séculos antes de Jesus Cristo.

De acordo com André Britto, praticante budista da Comunidade Buddhista Nalanda Aracaju, alguns adeptos do budismo, que também adotam princípios cristãos em suas vidas, podem fazer retiros de silêncio ou práticas semelhantes afim de buscarem uma associação simbólica com o momento da Páscoa. “Podemos entender que a data é bastante propícia para uma reflexão sobre o sofrimento e sobre a mensagem de Jesus para os seres humanos. Sendo assim, alguns fazem suas práticas individuais nesse sentido”, explica.

Espíritas

O espiritismo trata a Semana Santa como uma semana comum no calendário, embora reconheça a importância para religião católica. Segundo a presidente do Grupo Espírita Samaritano, as práticas comuns na outra religião são merecedoras de apreço e respeito, mas são distantes da prática espírita. “A doutrina espírita tem a proposta de nos afinarmos ao Cristo Vivo, por isso não temos que nos apegarmos ou nos preocuparmos com as questões das práticas de outras religiões”, declara.

Segundo ela, nesse período os espíritas fazem reflexões. "São reflexões sobre a morte do mestre que abriu as portas para a vida além da vida, as responsabilidades de cada um na árdua tarefa terrena, além da fraqueza e os defeitos que assolam as almas no mundo”, pensa.

Por Yago de Andrade e Verlane Estácio

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

Entrega da Medalha de Mérito Cultural Tobias Barreto








Fotos: André Moreira/ASN

Publicado originalmente no site ASN Agência Sergipe, em 28 de Março de 2018

“Estamos promovendo a inclusão pela cultura e pela arte”, declarou Jackson durante entrega da Medalha de Mérito Cultural Tobias Barreto

A afirmação é do governador Jackson Barreto, ao assistir na tarde desta quarta-feira, 25, a apresentação das crianças e adolescentes que participam do Projeto DanSE

“Estamos promovendo a inclusão pela cultura e pela arte. Estou comovido ao ver nossas crianças e adolescentes dos bairros Santa Maria e Bugio dançando balé clássio”.  A afirmação é do governador Jackson Barreto, ao assistir na tarde desta quarta-feira, 25, a apresentação das crianças e adolescentes que participam do Projeto DanSE, promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Ele disse que não aceita o discurso de que as pessoas mais humildes não gostam da cultura clássica. “Não é verdade. Temos que facilitar o acesso das pessoas à cultura clássica. Esse projeto envolvendo crianças e adolescentes de bairros da nossa periferia tem esse objetivo. Fico feliz que estamos consolidando o nosso compromisso social, promovendo a inclusão pela arte e a cultura”, reforçou o governador.

Os bailarinos se apresentaram no Teatro Tobias Barreto, antes da entrega da Medalha de Mérito Cultural Tobias Barreto e de Placas Comemorativas a personalidades e instituições sergipanas que contribuíram com o desenvolvimento cultural do Estado.

Lançado em janeiro de 2018, o Projeto DanSe – Escola de Dança de Sergipe - é uma ação conjunta das Secretarias de Estado da Cultura, Educação e Inclusão Social. O objetivo é oportunizar a formação de interpretes-criadores da dança capazes de atuar e contribuir para o desenvolvimento da cultura do país. O projeto é dividido em três ciclos: fundamental, intermediário e profissionalizante.

O governador Jackson Barreto também destacou a importância de homenagear as personalidade e instituições que, de alguma maneira, contribuíram para o desenvolvimento cultural do estado. “Essa homenagem representa o reconhecimento da sociedade sergipana aos que fazem a nossa cultura. Estamos homenageando os que fazem a nossa cultura em todas as vertentes”, destacou.

A Medalha do Mérito Cultural Tobias Barreto foi instituída através da Lei Estadual Nº 2.55 de 21 de Novembro de 1985. Foi criada com a finalidade de distinguir a personalidades e instituições que, por seus méritos e sua cooperação, tenham se destacado no Estado ou nacionalmente, contribuindo para o desenvolvimento das atividades culturais de Sergipe.

A definição dos homenageados parte de uma lista tríplice de personalidades e entidades indicadas pelo Conselho Estadual de Cultura, cuja escolha do agraciado fica à cargo do governador. As medalhas entregues são alusivas aos anos 2017 e 2018.

O secretário de Estado da Cultura (Secult), João Augusto Gama, ressaltou a importância das personalidades homenageadas para o fomento da arte, cultura e educação do estado. Ele também ressaltou a importância do Projeto DanSe para se promover a inclusão pela arte.

Inineu Fontes, superintendente da Secult, ressaltou a preocupação do governador Jackson Barreto para com a cultura sergipana e o seu compromisso de incluir os mais carentes através das artes.   

Agradecimentos

Os homenageados agradeceram ao Governo do Estado pela referência, a exemplo da professora e historiadora Terezinha Oliva. “Fiquei feliz em receber a homenagem, pelo fato da escolha partir de um colegiado de pessoas. É uma homenagem coletiva e um reconhecimento da nossa atuação numa área nem sempre reconhecida”, disse.

Ela disse ainda que, sendo homenageada, o Instituto Histórico de Sergipe, o Museu de Arte Sacra de São Cristóvão e a UFS, também são homenageados, pois são instituições onde ela trabalha e dá a sua contribuição.

Também emocionado, o artista plástico José Fernandes agradeceu ao governador pelo reconhecimento aos seus 40 anos de trabalho. “Esta medalha é o reconhecimento do povo e do governador ao nosso trabalho. Me sinto honrado com essa homenagem, principalmente numa época onde as pessoas não são valorizadas”, acentuou.

O presidente do Instituto Banese, arquiteto Ézio Déda, também foi agraciado com a Medalha do Mérito Tobias Barreto. Ele disse que essa homenagem é extensiva a toda a equipe que trabalha com ele e que fica nos bastidores. “É uma grande satisfação ter o nosso trabalho reconhecido. É uma honra muito grande receber a maior comenda cultural do Estado”, comemorou.

O maestro Sérgio Teles agradeceu ao governador e à Secretaria de Cultura pela homenagem aos artistas e a entidades culturais que fomentam a arte e a cultura sergipana. Ele falou em nome dos agraciados com a honraria e agradeceu também a Companhia Energética de Sergipe (CELSE) por estar reformando o Teatro Tobias Barreto. “Este é o grande templo da arte e da cultura sergipana”, disse.   

Homenagens com Placas

Teatro: Grupo de Teatro Raízes Nordestinas e Grupo de Teatro Mamulengo do Cheiroso.
Dança: Cleanes Maria Santos Silva e Companhia Nelson Santos
Grupos de Cultura Popular: Parafusos; Batucada Pisa Pólvora; Batalhão de Bacamarteiros; Caceteira de Rindu; Cacumbi de Juarez; Chegança de Mané de Biné; Samba de Pareia.
Artes Visuais: Antônio da Cruz; Elias Santos; Fábio Sampaio
Patrimônio e Educação: Ester Fraga Vilas Bôas Carvalho do Nascimento; Verônica Maria Menezes Nunes
Audiovisual: Rosângela Rocha dos Santos (Curta-SE); Baruch Blumberg Carvalho de Matos (Sancine)
Música: Lula Ribeiro; Amorosa
Literatura: Gustavo Aragão Cardoso; José Marciano dos Santos (Zezé de Boquim).
Fomentadores de Cultura: Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI); Centrais Elétricas de Sergipe (CELSE)
Artesãos: Mestre Demar; Mestre Tonho
Festejos Juninos: Antônio de Freitas (Rua São João); Elivania Vieira dos Santos (Quadrilha Balança, mas Não Cai)
Empreendedorismo Cultural: Jorge Viana da Silva (SINCREDI); Edson Vieira Passos.

Medalha do Mérito Tobias Barreto

Teatro - Walmir Sandes de Sá – Considerada a dama do teatro sergipano, Walmir conquistou vários prêmios como “melhor atriz”, em diversos festivais. Teve destaque nacional com o espetáculo “O cão siamês de Alzira Power”.

Cultura Popular - Maria da Conceição de Jesus Santos - Mestra da cultura popular foi integrante do Samba de Pareia desde seus primórdios, porém sentiu a necessidade de fundar o seu próprio grupo, com o formato semelhante denominado de Samba de Coco. É moradora de um povoado quilombola e rezadeira em Laranjeiras, além de ser uma grande representação negra na região.

Agente Cultural - Ézio Christian Déda de Araújo - Graduado em Arquitetura e Urbanismo e especialista em Desenho, foi o coordenador geral das ações para construção do Museu Gente Sergipana. Escritor é autor do livro Árvore de Folhas Caducas (2001). É Diretor Superintendente do Instituto Banese. Em 2018 realizou os projetos arquitetônicos “Monumento Marcelo Déda” e “Largo da Gente Sergipana”, em parceria com sua equipe do Ágora Arquitetos. 

Empreendedorismo Cultural – Filarmônica Nossa Senhora da Conceição – Com sede em Itabaiana, é a mais antiga instituição musical brasileira, fundada em 1745, sob denominação de Filarmônica Euphrosina - Orquestra Sacra do padre Francisco da Silva Lobo. Em 1897 recebe o nome de Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, pelo maestro Francisco Alves de Carvalho Júnior.

Música - Antônio Sérgio Teles Chagas - Natural de Campina Grande, reside em Aracaju desde 1986, onde desenvolve trabalhos com corais de empresas públicas e privadas. Maestro, compositor, arranjador e pós-graduado em Arte-Educação, participou de painéis de regência promovidos pela FUNARTE. É maestro do Grupo Vocal Vivace e membro do Conselho Estadual de Cultura.

Artes Plásticas – José Fernandes Claves dos Santos – Natural de Lagarto, é pintor, restaurador, professor de artes e produtor cultural. Realizou sua primeira exposição individual na Galeria Álvaro Santos. Já expôs no Brasil e no exterior. Foi diretor da Galeria Álvaro Santos.

Dança - Cecília Cavalcante Vieira –Bailarina, coreógrafa, professora de dança e diretora do Portal Hanna Belly, instituição que representa no Conselho Estadual de Cultura. É bacharel em Direito e possui mestrado em Dança. Tem experiência na área de artes, com ênfase em coreografias, atuando academicamente e profissionalmente nos seguintes temas: história da dança, mestiçagem cultural, cultura e dança cigana, oriental, flamenca e tribal.

Dança – Cubos Companhia de Danças - A Cubos surgiu em 2007. Em poucos anos de trabalho, fez diversas apresentações em cidades como Aracaju, Belém, Fernandópolis/SP, Recife, São José do Rio Preto/SP, Salvador e Votuporanga/SP, além de algumas cidades de Sergipe. Em 2011 inaugurou sua sede, o Centro Cubos de Cultura e Artes, local destinado ao ensino, prática e diálogo da dança.  Recebeu prêmios como o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2008 – Montagem do Espetáculo “Reverso” e Prêmio “O Capital 2011”.

Literatura - José Rivaldino Lima – Natural de Itabaiana, é pesquisador, advogado, professor e membro do Instituto Histórico de Sergipe. É fundador do jornal O Serrano. É membro da Academia Itabaianense de Letras.

Cinema - Ivan Macedo Valença – Começou a escrever criticas de cinema no Sergipe Jornal. Profissionalizou-se na Gazeta de Sergipe como repórter. Em 1971 fundou, junto com o publicitário Nazário Pimentel, o Jornal da Cidade, inicialmente semanal, posteriormente diário. Ultimamente vinha escrevendo colunas opinativas para o “Jornal da Cidade”. Ocupou cargos públicos dentre eles Secretário Adjunto da Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe.

Memória e Patrimônio - Terezinha Alves de Oliva – Natural de Riachão do Dantas, descobriu no ginásio a vocação para a escrita. Licenciou-se em História pela UFS, em 1980. É Mestre em História, em 1999. Doutorou-se em Geociências pela UNESP Júlio de Mesquita Filho. Foi Diretora do Arquivo Público, do Departamento do Patrimônio Histórico da SEED e Superintendente do IPHAN em Sergipe.

Jornalismo - José Diógenes de Menezes Brayner - Pernambucano, formado em Comunicação Social pela UFPE. Passou por redações de vários jornais do Nordeste. Chegou a Aracaju em 1982 para ser editor do Jornal de Sergipe. Atua há mais de 40 anos no jornalismo. Atualmente é diretor do site Faxaju Online e colunista do Jornal Correio de Sergipe. Recebeu diversos prêmios dentre eles o Prêmio Jornalístico Roberto Marinho em 2015, concedido pelo Senado Federal, ao lado dos jornalistas Gerson Camarotti e Berenice Seara.

Medalha Especial Personalidades da Cultura

Dr. Hamilton Maciel Silva Filho – Médico, natural de Pão de Açúcar. Participou da criação da Academia Sergipana de Medicina. Foi professor visitante na Univ. de Chicago nos Estados Unidos por recomendação da UFS.

Dr. Dílson Menezes Barreto - Economista. Especialista em Planejamento do Setor Público. Possui Mestrado em Sociologia e foi Secretário de Educação.

Dr. Marcos Antônio de Melo - Natural de Propriá, escritor e autor dos Livros: Propriamente Falando, O Conde de San Vicente: por uma nova história de Sergipe e Falando Propriamente, é Presidente da Academia de Letras, Ciências, Artes e Desportos de Propriá 2017.

Texto e imagens reproduzidos do site: agencia.se.gov.br

terça-feira, 27 de março de 2018

Programação da Semana Santa em Laranjeiras

Foto: Edson Araújo/ Emsetur

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 26/03/2018  

Programação da Semana Santa em Laranjeiras

Os 'Penitentes de Laranjeiras' é uma das antigas tradições

Laranjeiras vai celebrar a Semana Santa com eventos tradicionais e seculares e pretende atrair visitantes e devotos de todo País. A 23 km de Aracaju, o município de Laranjeiras abriga algumas das principais manifestações religiosas e culturais que permanecem até os dias de hoje durante a Semana Santa no Estado. A programação religiosa é organizada pela igreja católica tendo o apoio da prefeitura e das secretarias municipais do Turismo e da Cultura de Laranjeiras.

Três corais fazem parte de toda a programação Santa no município, são eles: o Servos Vox, Thethos Kriale e o dos Senhor dos Passos e que possuem em seu repertorio músicas gregorianas. “De acordo com o Ministério do Turismo, cada vez mais os brasileiros viajam pelo país, motivados pela fé e Laranjeiras tem um roteiro encantador, histórico e cultural para que o visitante possa participar de um turismo de experiências religiosa única, e que é apresentado apenas durante a Semana Santa. São procissões e missas acompanhadas de cantos em que atravessaram década e que narram a história de Jesus”, conta o secretário do município, Jorge Barros.

A programação de Laranjeiras teve início no último domingo, 25, com a procissão e missa de Ramos que foi realizada na Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. “Teremos a Missa e Procissão do Encontro, com as imagens de Nossa Senhora das Dores e do Senhor dos Passos um dos grandes momentos da semana com o encontro destas imagens no Paço Imperial no Centro histórico da cidade e a Procissão do Fogaréu que é acompanhada pela Guarda Romana e atrai dezenas de visitantes que enfeitaram as principais ruas do município com luzes de velas acesas em um verdadeiro ato de fé e devoção. A celebração que marca o ponto alto da Semana Santa, será realizada na noite da sexta-feira, 30 de março, no Ato do Discernimento da Cruz e procissão do Enterro que sempre é finalizada com o oficio das almas realizada pelos Penitentes de Laranjeiras”, conta um dos coordenadores da paroquia da cidade, Gildevaldo Santos Matias.

Os Penitentes de Laranjeiras

Os “Penitentes de Laranjeiras" é uma das mais antigas tradições do município que possuem seus próprios instrumentos e cânticos.  São 19 homens, todos de túnicas brancas e encapuçados que iniciam a sua peregrinação na quarta-feira de cinzas sempre à  meia noite, pelas ruas da cidade durante toda a quaresma, nas segundas, quartas e sextas saindo geralmente de uma igreja e parando nos cemitérios, nas estradas parando e  pedindo perdão para as almas dos aflitos, como: suicidas, vítimas da violência, acidentados etc... .

Confira os pontos principais da programação:

Segunda-feira  (26/03) – Igreja do Bonfim

19h – Procissão de Nossa Senhora das Dores
Cortejo pelas ruas histórica da imagem deitada de Nossa Senhora das Dores ao som dos sinos sendo finalizada com uma missa na Igreja Matriz, acompanhada do histórico órgão de tubos, do século XIX.

Terça-feira santa (27/03) – Igreja São Benedito e Nossa Senhora do Rosário

19h – Procissão de Depósito
Com a imagem de Nosso Senhor dos Passos coberta e ao som do Dobres dos Sinos a procissão segue pelas ruas da cidade relembrando os sete Passos da Paixão de Cristo e finaliza com uma missa na Igreja Matriz

Quarta-feira (28/03) – Igreja Matriz

19h – Missa
20h - Procissão do Encontro - Após a Santa Missa na Igreja Matriz, acompanhado do tradicional órgão de tubos, começa o cortejo pelas ruas da cidade com as sagradas imagens da Virgem das Dores do Senhor dos Passos ao som dos dobres dos sinos e do canto da Verônica. O cortejo é acompanhado pelo coro da Filarmônica Sagrada Coração de Jesus e dos Motetos dos Sete Passos da Paixão a cada parada.

Quinta-feira (29/03) – Igreja Matriz

17h – Missa Instituição da Eucarística e Ato do Lava-Pés - Durante o ato religiosos é executado o Ato do Lava-Pés, como forma de reverenciar a humildade entre os cristões, em seguida acontece o translado do Santíssimo Sacramento para a Gruta da Matriz.

24h – Procissão do Fogaréu - Os Farricos saem exatamente à meia noite na colina azulada do Senhor do Bonfim pelas ruas históricas da cidade e assim começa a tradicional “Procissão do Fogaréu”, que simboliza a procura de Jesus Cristo pelos romanos. A comunidade participa com tochas e ao som das matracas que durante o ato realiza a captura de Jesus, que é representada pela imagem do Senhor da Cruz saindo da Igreja do São Benedito e o toque de silêncio dá o tom final à procissão.

Sexta-feira (30/03) – Igreja Matriz

15h - Celebração da Paixão
16h - Procissão do Senhor Morto - que começa a partir da apresentação do descimento da Cruz do Senhor Morto aos presentes e a representação do calvário onde se encontra a imagem de Nossa Senhora das Dores, que conta ainda com a presença de personagens bíblicos, como: Madalena, Verônica, Samaritana e da Guarda Romana. A procissão é realizada com os acompanhamentos musicais do canto do “Heu” e da Filarmônica Sagrado Coração de Jesus e segue em cortejo fúnebre pela cidade.

19h -  Encenação da Morte e Paixão de Cristo – Na Igreja do Bom Jesus dos Navegantes pelo grupo teatral de Laranjeiras, Menores Unidos.

Sábado (31/03) – Igreja Matriz
19h – Missa e Procissão do Ressuscitado

Domingo (01/04) – Igreja Matiz
19h – Missa da Páscoa

Fonte e Foto: Diretoria do Turismo de Laranjeiras

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

“Conhecimento ninguém tira”


Publicado originalmente no site do Cinform, em 26/03/2018

“Conhecimento ninguém tira”

 Por Juliana Paixão 

Prestar vestibular, começar uma faculdade é uma tarefa normalmente associada aos adolescentes que estão se formando no colégio, porém muitos adultos, já graduados, resolvem dar uma segunda e até terceira chance aos estudos e voltar para universidade. O CINFORM buscou a história daqueles que resolveram fazer sua segunda faculdade, seja por hobby ou por sonho.


De médico a gastrônomo

Anselmo Mariano, nome conhecido na oncologia pediátrica de Sergipe, tem um hobby que muitos não sabem. Aos fins de semana Anselmo junta os amigos e a família para almoços e jantares onde o chefe é ele. Sim, Anselmo é chefe de cozinha, mais de 45 anos depois de formado em medicina, o oncologista terminou sua graduação em gastronomia.

Anselmo conta que resolveu fazer gastronomia para aprender a cozinhar da maneira certa, já que antes ele já gostava de reunir pessoas para comer e conversar. “Eu sou sempre inquieto, eu sempre estou atrás de conhecimento. Além das minhas graduações eu ainda fiz várias pós-graduações, em medicina do trabalho, em pericia, em gastronomia. Agora eu estou tentando fazer mestrado em cinema”, comentou.

O chefe de cozinha conta que um dos maiores conselhos que dá aos seus filhos é o de nunca parar de estudar e se acomodar. “O principal é o conhecimento, porque quando você tem ninguém tira, todo o resto você pode perder, o que eu sempre falo aos meus filhos é não parar”, destaca.


Dentista e médico

Djenal Nunes se formou em odontologia em 2001, dez anos depois ele resolveu ingressar na faculdade de medicina para ocupar a mente. Djenal passou em cerca de vinte concursos, inclusive como oficial dentista da Policia Militar, o que o fez desistir de alguns trabalhos para seguir a carreira militar.

“Comecei o curso de formação da polícia militar, só que aconteceu um problema e meu nome sumiu da lista. Eu fiquei maluco porque tinha pedido para sair da Polícia Civil e de outros concursos que tinha passado e para não fazer besteira, como dizem, eu resolvi estudar e fazer medicina”, explica.

Depois de um ano de cursinho de vestibular, Djenal entrou na faculdade de medicina apesar de muitos acharem que a mudança era no mínimo incomum. “Vários amigos meus disseram que eu era louco, já que eu já trabalhava como dentista”, comenta.

Djenal conta que mesmo sendo um dos mais velhos da turma de medicina as duas graduações valeram a pena. “Eu não gosto de estudar, mas gosto do conhecimento em si, eu acho gostoso você estar incorporando novos conhecimentos. Mas o melhor do curso todo sem dúvida nenhuma são as amizades que você faz lá, você faz novos irmãos”, destaca.


Inspiração

Depois de ver o marido Djenal Nunes ingressar em medicina dez anos depois de se formar em odontologia, Rosa Alina, também dentista, resolveu voltar à faculdade para sua segunda graduação. Dessa vez fez design de interiores, curso que tem muita relação com arquitetura, uma das opções de Rosa quando prestou vestibular pela primeira vez.

“Eu sempre gostei muito de arquitetura, na verdade era uma das minhas opções, mas acabei escolhendo odonto. Só que como arquitetura é um curso longo eu me desanimava, foi quando eu descobri a graduação técnica de designer de interiores e eu me empolguei, na mesma época meu marido estava começando medicina e me deu ânimo”, conta.

Rosa conta que a volta à faculdade foi excelente, e pela experiência de dez anos como dentista conta que no curso de designer se deu melhor. “Eu acho que eu fui uma aluna mais dedicada em designer do que em odonto, talvez pela maturidade que me trouxe um maior envolvimento e responsabilidade com o curso”, finaliza.

Texto e imagens reproduzidos do site: cinform.com.br

segunda-feira, 26 de março de 2018

Em noite prestigiada foi lançada nova obra da EDISE








Publicado originalmente no site da SEGRASE, em 20/03/2018

Em noite prestigiada foi lançada nova obra da EDISE. 

‘Perfis Acadêmicos’ de José Anderson Nascimento conta a trajetória da Academia Sergipana de Letras

Foi lançada na noite de segunda-feira, 19, a mais nova publicação da Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe - Edise, ‘Perfis Acadêmicos’, de José Anderson Nascimento. O evento aconteceu na Academia Sergipana de Letras - ASL e contou com a presença diversas personalidades da cultura, da política, amigos e familiares do autor da obra.

Em seu discurso, o presidente da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe - Segrase, Ricardo Roriz falou da importância do livro para a sociedade. “A pesquisa analisa a contribuição dos escritores sergipanos para a difusão da cultura desde o século XIX, é uma obra importante que graças ao apoio do governador Jackson Barreto, a Edise coloca a disposição do povo de Sergipe”.

‘Perfis Acadêmicos’ é o vigésimo livro de José Anderson Nascimento, reúne 40 capítulos, com verbetes bibliográficos dos patronos das cadeiras acadêmicas, dos seus fundadores, dos sócios e dos atuais acadêmicos da ASL.

 Segundo o autor, José Anderson Nascimento há 169 nomes da literatura sergipana no livro, personalidades que contribuíram para a disseminação da literatura, a exemplo de Tobias Barreto - patrono número um da ASL, Gumercindo Bessa, Fausto Cardoso, entre outros. “Agradeço a Edise por proporcionar a impressa da obra que muito irá contribuir com a literatura sergipana”, destacou. Ele também lembrou da revista Cumbuca, que está em sua 17ª edição. “Uma produção genuinamente sergipana que enaltece o que temos de melhor no Estado”.

No livro o leitor também encontrará a trajetória da Academia, a partir dos anos de 1930, especialmente incentivada pela repercussão da Semana de Arte Moderna de São Paulo e pelo impulso da Academia Brasileira de Letras na construção de sociedades literárias congêneres.

Texto e imagens reproduzidos do site: segrase.se.gov.br

domingo, 25 de março de 2018

Ferinha do Jota - Edição de Páscoa.

A feirinha acontece até 1º de abril das 16h às 22h 
Foto: Seidh

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 23/03/2018  

A feirinha acontece até 1º de abril das 16h às 22h

Nesta sexta-feira, 23, o Centro de Arte e Cultura J. Inácio realiza mais uma Ferinha do Jota - Edição de Páscoa. Programada para acontecer vai até o dia 01 de abril, a feira contará com 50 bancas e a participação de mais de 100 expositores.  À venda, peças de artesanato, decoração, variedades, antiguidades, jardinagem, entre outras categorias, além de gastronomia, com apresentações musicais e manifestações culturais da terra.

A Feirinha do Jota é realizada pela direção da casa, que é mantida pela Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seidh), em parceria com o Ateliê das Amigas. A expectativa da organização é de receber aproximadamente de 30 mil pessoas durante os dez dias de feira.

Segundo Guga Viana, diretor do Centro de Arte e Cultura J. Inácio, a Feirinha estimula a geração de renda para os artesãos de Sergipe, ao escoar sua produção. “Serão dias especiais tanto para os artesãos e expositores quanto para o público em geral, inclusive para os turistas, que estarão na cidade por conta do feriado da Semana Santa, e sempre vêm em busca das nossas tradições locais”, explica.

A Edição de Páscoa da Feirinha do Jota tem abrigo no Centro de Arte e Cultura J. Inácio, que fica localizado na Orla da Atalaia, próximo ao Farol da Coroa do Meio, abrindo diariamente,  das 16h às 22h.

Fonte: ASN

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

sábado, 24 de março de 2018

ONG Ciclo Urbano realiza Pedal Cultural domingo


Publicado originalmente do site do Portal Infonet, em 22/03/2018

ONG Ciclo Urbano realiza Pedal Cultural domingo

O evento será realizado especialmente no mês de março

O evento será realizado especialmente no mês de março
A Associação Ciclo Urbano, realiza neste domingo, 25, mais uma edição do Pedal Cultural Acessível. O evento será realizado especialmente no mês de março, em comemoração ao aniversário da cidade de Aracaju e consiste em um passeio ciclístico para conhecer a cidade de maneira diferente, revivendo as histórias e a cultura das ruas da cidade, em contato direto com os equipamentos urbanos.

O Pedal proporciona a quem participa sentir a cidade em ritmo contemplativo, pois, a velocidade da bicicleta possibilita uma maior interação dos cidadãos com os diversos elementos do ambiente. A concentração está agendada para às 15h30, com saída do Bar do Cajueiro, na praça do conjunto Beira do Rio, no bairro Inácio Barbosa.

Desde o ano de 2016 o Pedal Cultural é acessível, pois desde o processo de divulgação à realização do passeio, propiciamos a inclusão das pessoas com deficiência visual, auditiva e/ou motora. O pedal conta com bicicletas adaptadas, intérpretes de libras e o percurso audiodescrito. Em seu quinto ano consecutivo o foco do passeio será a valorização dos rios que cortam a cidade. Onde também serão contextualizadas as questões sobre o processo de degradação ambiental dos rios Poxim e Sergipe e como a urbanização da cidade influencia a relação das pessoas com os rios no meio urbano.

O pedal Cultural sairá do bairro Inácio Barbosa, nas proximidades do rio Poxim, seguindo pela Av. Beira Mar e Rua da Frente (Av. Ivo do Prado) em torno do rio Sergipe e finaliza com a travessia do rio, em Tototó, para oferecer aos participantes a oportunidade de conhecer a cidade por outra perspectiva, bem como a experiência de vivenciar o rio.

Nessa edição do Pedal Cultural Acessível queremos, além de, proporcionar a experiência prazerosa de utilizar a bicicleta nos deslocamentos em Aracaju, despertar nas pessoas a importância dos rios que cortam nossa cidade. Aracaju é uma cidade cercada por água, porém, por muitos dos afluentes estarem encobertos e canalizados, e para os principais leitos não termos visibilidade e uma relação de uso, a população pouco se identifica com estas paisagens e, portanto, não é dada a devida importância para a preservação desses rios, diz Sayuri Dantas, presidente da Ciclo Urbano.

Acima de tudo, o Pedal Cultural Acessível é um presente que a Ciclo Urbano dá à cidade de Aracaju.

Fonte e foto: Ciclo Urbano

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

sexta-feira, 23 de março de 2018

V Festival Sergipano de Artes Cênicas

Evento terá início no dia 27 de março e segue até 29 de abril 
Foto: Divulgação

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 22/03/2018 

IV Festival Sergipano de Artes Cênicas 

Evento terá início no dia 27 de março e segue até 29 de abril

O IV Festival Sergipano de Artes Cênicas está repleto de atrações. Além dos espetáculos que serão apresentados ao público, a programação desta edição traz alguns projetos inéditos, selecionados através da categoria de demanda espontânea e oficinas diversas, voltadas para profissionais da área.  Promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com patrocíniodo Funcart e apoio do Conselho Estadual de Cultura, o evento reúne 24 atividades, entre os dias 27 de março a 29 de abril.

Entre os temas que serão abordados nas capacitações estão o corpo na dança, atuação para teatro musical, iluminação, improvisação, figurino e muitos outros. “É muito importante inserimos na programação de um festival como esse ações de capacitação, pois, além de fomentar o acesso ao público, aproveitamos a oportunidade para trazer profissionais de fora para compartilhar um pouco do que é feito nos outros Estados para nossos artistas”, destaca o superintendente executivo da Secult, Irineu Fontes.

Interessados em participar devem enviar um e-mail para oficinasfesac@gmail.com e solicitar a ficha de inscrição, com exceção do projeto Transvisualidade, o qual terá suas inscrições realizadas pelo próprio palestrante; e a oficina ‘O contato e a improvisação como dispositivos acionadores de interações entre os sujeitos e os processos criativos’, que receberá inscrições por meio da Secretaria de Cultura de Simão Dias.

Mais informações podem ser obtidas no site da Secult, www.cultura.se.gov.br ou pelo telefone (79) 3198 – 7806. Todas as oficinas são gratuitas.

Fonte: Secult

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

quinta-feira, 22 de março de 2018

Entrevista com o Arcebispo Dom João José da Costa

Dom João José da Costa é natural do município de Lagarto,
  filho de Noêmia Lima de Menezes e Francisco  Barbosa da
 Costa (in memoriam). Nasceu no dia 24 de Junho de 1958. 
É o 13º filho de um total de 18 irmãos 
Foto: Arquidiocese de Aracaju


Publicado originalmente no site Expressão Sergipana, em 26 de Janeiro de 2018

“Nossa luta é por cidadania e dignidade da pessoa humana", Dom João 

Por Erick Feitosa e Rose Rodrigues

Em entrevista exclusiva à Expressão Sergipana, o Arcebispo Dom João José da Costa falou do seu 1º ano à frente da Arquidiocese de Aracaju, avaliou o papado do Papa Francisco e opinou sobre a grave realidade político-social do Brasil. Além disso, Dom João passou uma mensagem ao povo sergipano e brasileiro para esse início de ano. Confira.

Expressão Sergipana: Dia 18 de janeiro de 2018 completou 1 ano que o senhor assumiu a titularidade da Arquidiocese de Aracaju. Qual é a sua avaliação deste primeiro ano de atuação? E quais seus principais planos para os próximos anos?

Dom João: O primeiro ano de qualquer gestão, episcopal ou não, é sempre um tempo de ajustes, de aprimoramentos do que já se tinha. Tempo de conhecer melhor as realidades arquidiocesanas e, especificamente, paroquiais. Afinal, como arcebispo coadjutor, eu já vinha tomando pé da situação, mas, com a titularidade, a responsabilidade aumenta. O meu antecessor, Dom Lessa, fez um bom trabalho, mas há situações que requerem melhoramentos e aprimoramentos naturais, sobretudo, em face de novas necessidades. Um dos passos importantes que demos em 2017 foi a divisão da Arquidiocese em Foranias, para melhor cuidarmos das questões pastorais.

Quanto aos planos para os próximos anos, em primeiro lugar, vamos continuar implementando, paulatinamente, o Plano Arquidiocesano de Pastoral (2017/2019), que foi formatado com a participação das Paróquias, das pessoas engajadas nas Pastorais e nos Movimentos, e, a partir daí, preparar o próximo Plano com base nas carências sentidas junto aos fiéis, a fim de que o Evangelho de Jesus Cristo seja levado a todos os cantos da nossa Arquidiocese. Segundo, estamos modernizando a gestão com a aquisição de um novo sistema de controles administrativos, que dará mais segurança e agilidade aos processos. E iremos avançar no sentido de darmos condições cada vez mais dignas aos nossos presbíteros no exercício do sacerdócio. Não esquecendo, claro, uma melhor distribuição de atividades para os diáconos permanentes. Por fim, vamos reestruturar os nossos Seminários (Propedêutico e Maior), nos aspectos físicos e acadêmicos. Isso, é o que faremos a curto prazo. A médio e a longo prazo, estamos procurando planejar com os pés no chão.

No próximo dia 13 de março, o Papa Francisco completará 5 anos de papado. Nesse período, Francisco se posicionou em temas polêmicos, fez fortes críticas ao sistema socioeconômico vigente e defendeu uma igreja com atenção especial aos pobres e excluídos. Mesmo com inúmeras críticas, ao nosso olhar se transformou numa grande liderança mundial. Mas qual é a sua avaliação do papado do argentino Francisco nos últimos anos?

O Papa Francisco tem sido uma bênção para a Igreja Católica e para o mundo, embora ele enfrente algumas resistências, dentro da cúpula da Igreja e de setores ultraconservadores, notadamente no meio econômico-financeiro mundial, ditado por um capitalismo selvagem que continua a favorecer a exploração do homem pelo homem. Não se trata de ser contra o capitalismo, mas, sim, de combater a sua selvageria, que cresce com a globalização da economia. Os países ricos continuam explorando os países pobres, sugando as suas matérias primas, impondo regras que somente favorecem a um lado, ou seja, o mais forte, o mais rico. O capital não é o mal, mas pode ser um mal, quando permite o aumento das desigualdades sociais.

Eu avalio o papado de Francisco como extremamente positivo. Ele é um pastor por excelência, que quer ver o Evangelho de Cristo disseminado, não apenas em palavras, mas, sobremodo, em gestos concretos, através dos quais possam ser dados testemunhos de que Jesus veio verdadeiramente para que todos tenham vida em abundância. Devemos orar muito pelo Sumo Pontífice.

A Campanha da Fraternidade 2018 propõe uma ampla reflexão sobre o tema da campanha – Fraternidade e Superação da Violência – com religiosos e religiosas, seminaristas, e representantes de pastorais, movimentos sociais e principalmente com a sociedade. Quais são as expectativas para a campanha em Sergipe?

A escalada da violência tem assustado o povo brasileiro e sergipano. No ano passado, fizemos uma marcha pela PAZ e pela defesa da VIDA, na nossa capital, Aracaju. O tema da Campanha da Fraternidade veio no momento em que a sociedade deve discutir a situação da violência com os postulantes aos cargos eletivos, nas eleições deste ano. A sociedade deve se pronunciar de forma efetiva. “Fraternidade e Superação da Violência” é um tema forte e abrangente. Como discutir fraternidade sem procurar vencer as causas que levam à violência, quer advinda do tráfico de drogas e de armas, quer a violência no trânsito, a violência doméstica, que é um mal terrível, especialmente contra mulheres e crianças, a violência das ruas, a que gera os homicídios, que levam o Brasil a um patamar monstruoso frente a outros países, fato que nos deve envergonhar, e assim por diante. Em Sergipe, as expectativas são de um trabalho que procure engajar o clero e o laicato com ações eficazes, no ano que a CNBB dedica aos cristãos leigos e leigas. Não dá mais para a Igreja Católica brasileira ficar inerte diante da escalada da violência. Vamos discutir com as autoridades e com o povo. Vamos cobrar de quem nos deve dar a segurança que as leis nos garantem.

Em 2017, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou fortemente os projetos de Reforma Trabalhista e da Terceirização, afirmando ser um “grave retrocesso social”. No ano de 2018, o que está na pauta é Reforma da Previdência. Qual a sua avaliação dessas reformas que o país vem passando?

A CNBB criticou os excessos das reformas que o atual governo federal trouxe à legislação trabalhista. Reformas são sempre necessárias. O que deve ser rejeitado e combatido é o excesso, quando são retirados direitos e conquistas que beneficiam os trabalhadores, que são, sem falsa retórica, a parte frágil da relação entre o capital e o trabalho. Às vezes, setores da sociedade querem trazer exemplos de fora, de países nos quais os trabalhadores são bem estruturados em suas representações. Tais exemplos não nos servem. Não dá para comparar a situação do Brasil com a de outros países, que estão num patamar mais alto. Não se compara desiguais.

A reforma da previdência, em parte, deve ser necessária. Vamos admitir que sim. Mas, estaremos falando de qual reforma? Da que faz ajustes, impedindo que alguns ganhem altos valores em proventos e pensões, ou da que impõe perdas aos que ganham menos? A CNBB deve continuar se pronunciando contra tudo que possa aviltar o povo brasileiro. Aviltar o povo, não é uma atitude cristã. Depõe contra o ensinamento do Filho de Deus.

Primeiro secretário-geral e idealizador do projeto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Helder Pessoa Câmara foi declarado Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos. Em artigo recente, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, declarou-se surpreendido pela ambiguidade do texto presidencial. Segundo ele, por “essa medida vir de um governo que justamente esvaziou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República”. Como você avalia essa questão?

Dom Hélder Câmara foi um dos ícones da Igreja Católica na luta contra a ditadura militar (1964-1985). A Lei nº 13.581, de 26 de dezembro de 2017, que declara Dom Hélder como Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos, originou-se de um projeto de lei de 2014, de autoria do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA). Não foi, portanto, uma iniciativa do governo atual. Logo, a medida não veio desse governo que esvaziou a Secretaria de Direitos Humanos, isto é, não veio da Presidência da República. O presidente fez o que tinha que fazer, na forma da Constituição Federal, ou seja, sancionou e fez publicar a Lei, aprovada nas duas Casas Legislativas. O título conferido a Dom Hélder pode não ter vindo no melhor momento, mas, é inegável que é mais do que merecido. E que o governo federal aproveite esse momento de homenagem a um grande, senão, o maior defensor dos direitos humanos nos tempos de chumbo, para repensar e realinhar o aparelhamento estatal que defende os direitos humanos no nosso país. Que isso, no mínimo, lhe sirva de inspiração.

Como presidente da Cáritas Brasileira, quais são os principais desafios da entidade diante da grave realidade político-social vivida pelo país?

A CARITAS brasileira tem, sim, muitos desafios, sobretudo, neste momento tão difícil para o nosso país e para o nosso povo, diante de uma realidade política e econômica que tem feito sofrer as camadas menos favorecidas da nossa população, mas, que tem atingido quase todas as camadas sociais, exceto, provavelmente, a camada mais alta, ou seja, os 10% da população que detém 90% da riqueza nacional.

Precisamos dar ênfase a projetos que possam atender as necessidades de irmãos e irmãs que sofrem muitas vezes sem ter o básico para levar uma vida digna. A nossa luta deve voltar-se para a afirmação da cidadania e da dignidade da pessoa humana, que são sustentáculos da vida democrática. A Igreja Católica, através da CARITAS, deve envolver-se muito mais com as questões sociais, dentro dos princípios que norteiam a Doutrina Social da Igreja, que faz parte do próprio Magistério da Igreja de Jesus Cristo e que, por seu turno, está alicerçado na Palavra de Deus.

Temos trabalhado com projetos voltados para ajudar refugiados que aportam no nosso país, para atender necessidades de idosos, crianças, adolescentes e jovens. Projetos inclusivos em vários segmentos sociais. Projetos bem estruturados e muito bem avaliados no semi-árido, a fim de propiciar uma vida menos sofrida para os beneficiados. Continuaremos nesse trabalho, nesse ritmo, nessa caminhada em prol do social. A CARITAS não fugirá do seu compromisso social à luz da Boa Nova, que o Nazareno veio nos ensinar

Qual mensagem o senhor gostaria de passar para o povo sergipano e brasileiro nesse início de ano?

Minha mensagem final ao povo brasileiro e ao povo sergipano é esta: Amai-vos uns aos outros, como o Cristo nos amou e nos ensinou a amar. Não esmoreçam por mais difíceis que as realidades da vida possam parecer. Jesus jamais esmoreceu. Os cristãos primitivos jamais esmoreceram. Do sangue dos mártires brotaram novos cristãos. Nós não podemos esmorecer nem desistir. Os tempos passam. As duras realidades de hoje um dia passarão. As tempestades serão dissipadas. Mas, a Palavra de Deus não passará jamais. Continuemos lutando com a força que nos vem do Santo Espírito.

Que Deus conceda a todos um ano em que a coragem para a luta não falte; em que a busca da felicidade não seja interrompida; em que o amor floresça em cada coração; em que a Igreja Católica permaneça em constante estado de missão: Igreja viva, em saída, por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Este conteúdo foi originalmente publicado na versão impressa (Edição 0) da Expressão Sergipana.

Texto e imagem reproduzidos do site: expressaosergipana.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2018

Elas querem e estão no Cordel

Publicação apresenta as diversas vivências de cordelistas
Foto: Due Click Per Te/Divulgação

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 20/03/2018

Elas querem e estão no Cordel

Primeira antologia que reúne histórias de 17 cordelistas sergipanas será lançada no próximo dia 22.

Por: Gilmara Costa/Equipe JC

Numa ação desafiadora de rimas, dezessete mulheres cordelistas contam a própria história da vivência na Literatura de Cordel no estado, compartilhando versos, medos, esforço, superação e, principalmente, mostrando que o lugar da mulher é onde ela quiser. Das Neves às Nuvens - I Antologia das Mulheres do Cordel Sergipano” abre as atividades literárias da Academia Sergipana De Cordel (ASC) neste ano, com lançamento no próximo dia 22, às 19h, no Clube da Caixa.

“É a primeira publicação inteiramente feminina, em que cada participante se apresenta, numa espécie de autobiografia através do cordel. Essa é a nossa primeira ação este ano, abrindo o cronograma de eventos culturais das ASC, a academia com o maior número de mulheres cordelistas no país e que lança a primeira antologia exclusivamente feminina. São 17 cordelistas, onze são membros da academia e outra seis foram convidadas, e através das histórias, é possível observar como se deu a presença de cada uma no gênero literário predominantemente masculino”, explicou a presidente da ASC, Izabel Nascimento. 

Do planejamento à palavra rimada, a publicação tem como princípio fortalecer as mulheres, desde a autoestima à conquista de espaços na sociedade. “É uma forma de empoderamento, de contar as histórias de mulheres que foram silenciadas, que não podiam ler e escrever cordel. Daí ser uma homenagem a Maria das Neves Batista Pimentel, primeira mulher cordelista que se tem notícia, a partir de 1938, e que assinou a produção com o nome do esposo, Altino Alagoano. Assim, desbravadora que teve a voz sufocada, ‘Das Neves’ intitula esta obra como pedra angular de uma construção permanente que busca, nas partículas das nossas lidas, a fonte das águas finas, ‘as nuvens’ de paz”, disse Izabel.

A presidente da ASC ainda ressalta a construção de todo o processo de construção do projeto desafiador e pioneiro. “É um evento totalmente feminino, numa ação coletiva de mulheres que se dispuseram a não somente escrever, contar suas histórias, mas também organizar, preparar todo o evento. E isso conta com o ensaio que fizemos em parceria com o trio de fotógrafas Elayne Melo, Edmara Melo e Viveca, que proporcionou às participantes registros lindos, e que não somente ajudam na divulgação do nosso trabalho, mas também fortalecem a autoestima de cada uma. Isso gera um processo de força e reafirmação dos desejos de cada uma”, revelou.

A publicação conta com o cordel de ‘calouras e veteranas’ cordelistas que encontram no gênero literário a forma de falar verdades, expressar desejos, contar histórias. “São mulheres de 15 a 88 anos, numa diversidade de experiências que e vivencias na literatura de cordel. Temos pessoas que silenciaram o seu cordel em épocas passadas e que agora engrossam o coro feminino, ecoando a voz da mulher, num permanente fortalecimento. O evento, sem dúvida, será um marco para o nosso cordel, pois faremos com que a voz da mulher cordelista será ouvida, numa celebração de conquistas e de não mais se deixar silenciar”, afirmou.

Das Neves

Maria das Neves era Filha de Francisco das Chagas Batista, um dos pais do cordel brasileiro, Maria das Neves Batista Pimentel acompanhou-o na escalada da instalação da Popular Editora em João Pessoa (PB), sendo testemunha da construção do cordel no Nordeste. Altino Alagoano foi o pseudônimo utilizado para publicar os cordéis a partir de 1938, a exemplo de ‘O Violino do Diabo’ e ‘O Preço da Honestidade’. Publicou ainda ‘O Amor Nunca Morre’ e ‘O Corcunda de Notre Dame’.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net