terça-feira, 17 de abril de 2018

Temática Afro encanta público no IV Festival Sergipano de Artes Cênicas

 Espetáculo “Omió – Omiró, Águas que lavam 
a vida e lavam a alma”

 O grupo “Um quê de nefritude” é formado por alunos 
do Colégio Estadual Atheneu Sergipense

 “Anauê”, nome de origem tupi que era usado pelos
 índios significa “você é meu irmão”

 “Anauê” trouxe uma reflexão sobre a cultura negra no Brasil

  Cleanis Silva em cena, espetáculo “Anauê”

 Espetáculo “Anauê” – Ginká Coletivo 
Afro Contemporâneo de Sergipe

  Público ficou encantado com as apresentações

 Elen Porto (grupo “Um quê de negritude”)

Cultura afro-brasileira em destaque

Publicado originalmente no site da SECULT, em 16 de abril de 2018

Temática Afro encanta público no IV Festival Sergipano de Artes Cênicas

Os grupos “GINKÁ – Coletivo Afro Contemporâneo de Sergipe” e “Um quê de negritude” se apresentaram no teatro Tobias Barreto

A programação do fim de semana do IV Festival Sergipano de Artes Cênicas foi marcada por duas apresentações com temática Afro no teatro Tobias Barreto. Na sexta-feira, 13, o grupo GINKÁ – Coletivo Afro Contemporâneo de Sergipe, subiu ao palco com o espetáculo de dança Anauê. No sábado, 14, foi a vez do grupo “Um quê de negritude”, apresentar ao público o espetáculo “Omió – Omiró, Águas que lavam a vida e lavam a alma”.

“Anauê”, nome de origem tupi que era usado pelos índios significando “você é meu irmão”, é resultado de relatos, vivências e linguagem dos antepassados, seja no ato de cantar, dançar, ou mesmo em trajes presentes na cultura atual, com coreografias e interpretações oriundas da releitura corporal da África no Brasil.

De acordo com a diretora e responsável pela concepção do espetáculo, Cleanis Silva, a expressão também era muito utilizada entre os negros. “Através da simbologia dessa palavra, tentei explorar a questão dos símbolos da mulher negra da época, associando com a mulher contemporânea. Falar dessa mulher escrava, que foi uma certa época chicoteada, e hoje na sociedade continua de alguma forma a ser oprimida, traz ao público uma reflexão muito importante. Este é o nosso objetivo”, pontuou Cleanis.

Prestigiando o espetáculo, o assessor especial da Secult, Lindolfo Amaral, falou sobre a história do evento. “Esse festival surgiu a partir das semanas de dança e de teatro; dois eventos que aconteciam no teatro Tobias Barreto desde 2007.   Em 2015, nós resolvemos pela criação do Festival Sergipano de Artes Cênicas, unindo teatro, dança e circo. Sendo assim, otimizamos os custos e criamos um evento com uma programação de maior impacto”, contou.

Cultura afro-brasileira em destaque

No sábado, dia 14, foi a vez do grupo “Um quê de negritude” levar ao público o espetáculo “Omió – Omiró, Águas que lavam a vida e lavam a alma”. A peça retrata as águas como elementos purificadores da vida, e aborda também as religiões africanas e indígenas.

O grupo, formado por alunos do Colégio Estadual Atheneu Sergipense, é conhecido por divulgar a cultura afro-brasileira através da dança e promover reflexões sobre o racismo e o preconceito racial na atualidade. No grupo desde 2015, a ex-aluna do Atheneu, Elen Porto, destacou que o Festival é uma grande porta para artistas sergipanos, além de ser uma oportunidade de conhecer o trabalho de grupos de outros estados. “A possibilidade de conhecer de maneira gratuita outros tipos de apresentações, outras culturas, é fascinante”, frisou.

Fruto de uma ideia original da prof.ª Clélia Ferreira Ramos, com base em um projeto fundamentado na obrigatoriedade do ensino de História da África nas escolas brasileiras, o projeto existe há 12 anos. “Participamos das quatro edições do Festival, sendo sempre uma oportunidade de mostrarmos mais sobre a cultura afro. O nosso projeto tem uma evidência muito grande dentro e fora da escola. Nossa luta é mostrar para a sociedade que a cultura afro existe e que não temos como ignorá-la”, argumentou.

Sobre o Festival

O IV Festival Sergipano de Artes Cênicas é uma realização do Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), que reúne apresentações diversas em mais de um mês de atividade. Todas as atividades são gratuitas, viabilizadas pelo Fundo de Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart) e aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura, e contam com o apoio da Impacto Comunicação Digital, Fundação Aperipê e Bipolar Operações Artísticas. A programação completa e mais informações podem ser acompanhadas pelo site www.cultura.se.gov.br e pelas redes sociais da Secult.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário